Dermatologia Capilar

Eflúvio telógeno

Diariamente, perdemos de 50 a 100 fios de cabelo e esse é um processo natural do ciclo capilar. Mas quando a queda se intensifica, é preciso ligar o sinal de alerta. Uma das condições responsáveis pelo aumento da perda dos fios é o eflúvio telógeno. 

 

A doença se divide em dois tipos:

 

Agudo: a causa está associada a eventos pontuais que provocam desequilíbrios no organismo e aconteceram, em média, até três meses antes do início da queda. Alguns fatores podem ser, por exemplo, estresse, febre, infecções agudas, pós-parto, o uso de algumas medicações, cirurgias bariátricas e dietas muito restritivas. Ele geralmente cessa sozinho e dura menos de 6 meses.

 

Crônico: a queda acentuada por mais de 6 meses pode indicar a versão crônica da doença. Sua fase inicial é muito similar à versão aguda, no entanto, a longo prazo, ela tem suas particularidades. Existem ciclos de aumento dos fios na fase de queda e, conforme o tempo passa, o cabelo vai ficando mais volumoso na base e menos no comprimento. Se não houver outra condição associada, o cabelo não ficará ralo no couro cabeludo, mas sempre ocorre a perda de volume e comprimento. Geralmente está associada a doenças autoimunes, como a tireoide de Hashimoto. 

 

É importante observar que a doença não representa um caso de calvície, pois, embora os cabelos caiam em altas quantidades, não ocorre a rarefação e miniaturização dos fios.

 

Não existe prevenção para o eflúvio telógeno, mas existem situações em que o seu surgimento é esperado, como na fase do pós-parto, cirurgias bariátricas e dietas emagrecedoras. 

 

Por ser uma doença autolimitada, que geralmente tem uma duração pré-determinada de alguns meses, nem sempre é necessário algum tratamento. No entanto, a consulta com um dermatologista é essencial para entender se a queda é realmente causada pelo eflúvio telógeno e se existem outras condições associadas que podem influenciar no processo de recuperação dos fios. No caso de doenças, como a alopécia androgenética, tratamentos e medicamentos que promovam a recuperação do volume, comprimento e qualidade dos fios podem ser indicados. Já em situações envolvendo questões alimentares, como deficiências de vitaminas e dietas hiperproteicas, e outros hábitos, o recomendado é a reavaliação do comportamento causador da queda capilar.